domingo, 16 de janeiro de 2011

A vozes que não falam



O Silêncio às vezes tem voz estridente...
Quem pensa que não há som, é porque ainda não ouviu as batidas do coração,
Em meio a um grande turbilhão,

De sentimentos contraditórios e indecentes
As vozes que não falam, são irritantes e chatas.
Se consonando com as batidas das mãos e pés ansiosos
Por uma conversa amistosa...

Mas, nada. Não há nada além do silêncio
Será que tem alguém aí? Sim há.
Mas só estará de fato presente, quando quiser estar aqui e agora.
Quando tiver energia e tino para assim o fazer.

Tão perto e tão longe, tão fácil e tão difícil.
Essa estranha e misteriosa vida de encontros e desencontros
De idas e vindas e sentimentos em mão dupla,
Tornando-a num jogo de emoções e trunfos.

Sei que nessa brincadeira chamada amor
Às vezes nos tateia pra saber se sentimos dor
Às vezes sobrepuja nossa inteligência e lógica
Mas, o lógico de tudo isso, é que não vivemos sem ele.

Não há falta do que não sem tem,
Nem saudade do que não foi bom,
Saudades da leveza e do sabor doce de nossas palavras.
Ficam as dúvidas de onde se perderam.

Num sono profundo parece estar
Num descanso da vida e suas repentinas mudanças
Caminhos a serem percorridos, mas há sono.
Carinhos a serem expressos, mas há medo.

Seres contidos e cheios de marra.
Coração partido, mas orgulhoso na raiva.
Vergonha de um destino iluminado na cegueira da vida
Alma atrapalhada que finge não ver.

Mas quando chega hora do anoitecer
Coração se cansa de tanto endurecer
Alma reclama vontade em viver
Intensamente sem medo de se perder.

Aquieta-se e se rende ao desejo da paz
De sair da agonia do silencio e inexpressão,
Deseja mais um sol de um novo dia
Para recomeçar a se feliz como num outro dia.

Elaine Lopes.

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